quarta-feira, 27 de julho de 2011

Conheça a Vida de Santa Marina

Somos frequentadores da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus e Santa Marina, na Vila Carrão, e queremos dividir com vocês a linda história de entrega e resignação desta santa.

Conheça a Vida de Santa Marina
Há muitos anos, supõe-se que na segunda metade do século VII d.C., na antiga cidade de Betinia na Turquia, próxima à cidade de Constantinopla, hoje denominada Istambul, nasceu Marina, filha de Eugênio. Ficando órfã de mãe, da qual não se conhece o nome, e sendo filha única, foi educada na vida cristã somente pelo pai. Quando era adolescente, um dia seu pai contou-lhe a intenção de tornar-se monge e para salvar sua alma, abdicaria de todos os seus bens. Não foi fácil convencer a filha de seu novo projeto de vida, mas mesmo diante de suas lamentações e pranto, ele estava irredutível na sua decisão de entrar para o mosteiro, onde Marina não poderia mais viver com ele.

Assim sendo, Marina propôs ao pai que ela também entrasse para a vida religiosa no mosteiro, mas vestida de homem, já que na vida monástica não era permitida a entrada de mulheres. Eugênio, feliz com a resolução de Marina, vendeu todos os seus bens e os distribuiu aos pobres. Depois de cortar-lhe os cabelos, disfarçando-a como um jovem rapaz, chamou-a de “Marino. Depois dos últimos avisos de seu pai, Marina prometeu conservar-se sempre pura para Cristo e nunca ser reconhecida como uma mulher.

A vida monástica

Eugênio e Marina, com esse segredo, ingressaram para a vida monástica. E assim, o jovem “Marino”, progredia dia a dia em virtude e empenho espiritual. Os demais monges do mosteiro acreditavam que “Marino” fosse um rapaz, mas estranhavam sua voz delicada e a ausência de barba e atribuíam esses fatos à exagerada atividade religiosa e à prática de alimentar-se somente a cada dois dias. Pouco tempo depois Eugênio morreu, mas a filha Marina continuou no empenho severo da virtude monástica.
Certa ocasião, quando “Marino” já estava com 17 anos, o abade chamou-o para sair mosteiro e angariar recursos porque disso dependiam também outros eremitas solitários daquela região. “Marino” obedeceu no mesmo instante à ordem recebida. Saiu junto com outros três companheiros e durante o trajeto pararam um pouco na hospedaria que ficava na metade do caminho para restaurarem-se e repousarem. Na hospedaria encontraram casualmente um soldado.

O acusado inocente

O dono da hospedaria tinha uma filha e esse soldado desconhecido que ali passava seduziu-a e engravidou-a. Depois que o soldado soube do fato e para livrar-se da responsabilidade, persuadiu a moça a revelar para seu pai que estava grávida daquele monge jovem e belo chamado “Marino”, que ali tinha estado. Ela atendeu ao pedido.
“Marino” foi expulso do mosteiro, e passou a viver pelas ruas da cidade onde ficava o mosteiro, sofrendo humilhações e privações.  Resignado como de costume, “Marino” suportou a tudo calado e sem revelar a verdade sobre sua condição, até o dia de sua morte.
Quando souberam que “Marino” havia falecido, os monges decidiram dar-lhe um enterro digno e ao iniciarem a preparação do corpo, enfim descobriram que “Marino” era mulher.
Muitos milagres aconteceram por intercessão de Santa Marina e em 17 de julho de 1230, as suas relíquias foram transportadas para Veneza, na Itália, onde se conservam até hoje, na Igreja Santa Maria Formosa.  E assim, Santa Marina, exemplo de humildade e fidelidade a Deus, é invocada pelos fiéis como poderosa intercessora diante de Jesus, nos casos de maiores provações, doenças ou calúnias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário